Friday, August 06, 2010
Isso não é literatura. São pensamentos avulsos. Sentimentos-angústia, um nervoso. Isso não é literatura. É um relato de uma vida real. Coesa, existente e exclusiva. Dividida em segmentos que significam. Numa forma que significa. Isso então é literatura. Ficção sobre a vida de alguém. Ainda que sobre a própria.
Sunday, March 14, 2010
Antichrist (2009)
Encantada com o último filme do Lars Von Trier. Para mim, ele foi isso: a força estupenda das suas cores plásticas e o segredo oculto pelo enredo arguto que denuciam e condenam as raízes de um cristianismo milenar e falacioso.
Sobre os Homens e sua obra...
Nil prodest quod non laedere possit idem.
Ov., Trist., II, v. 266
(Nada beneficia que não possa, igualmente, destruir)
Ov., Trist., II, v. 266
(Nada beneficia que não possa, igualmente, destruir)
Wednesday, February 17, 2010
devaneios da quarta-feira de cinzas
Me impressiona como as pessoas passam por situações durante a vida e não aprendem absolutamente nada quando saem delas! Me impressiona a capacidade curta de memória, conveniente, (auto)convincente, incoerente! Me impressiona a facilidade com que se julga, com que se discrimina, mas acima de tudo, com que se esquece! Esquece-se de que somos todos passíveis do erro, da injustiça, da morte! Se esquece de que a nossa moral não nos isenta de sofrer como qualquer outro e que, muita vezes, ela nem mesmo se aplica ao nosso próprio comportamento. Entendido como pio (sempre mais pio do que o dos outros) e, sendo assim (como se a vida fosse de fato minimamente justa), menos merecedor do castigo das doenças, da velhice e da tão óbvia finitude. Queria que as pessoas pudessem pensar, soubessem pensar. É triste e solitário o meu desânimo com a humanidade. Com meus amigos. Com meus inimigos. Mas algo em mim (que não posso explicar, apenas sentir) ainda crê que, embora as situações nos envolvam e ceguem, a luz necessária para o entendimento e para a resignação jaz única e exclusivamente na possível compaixão pelo outro.
Subscribe to:
Posts (Atom)